Em 2014, foi implementada na cidade de Santos uma política pública de pacificação restaurativa com o foco na Cultura de Paz e do Diálogo, realizada através da Secretaria de Educação. Para tal, foi nomeada uma Comissão de Gestão para a implementação e acompanhamento do Programa Justiça Restaurativa.
O programa foi iniciado em nove escolas-piloto, escolhidas a partir de critérios como maior número de alunos e diversidade de modalidades de atendimento. São elas: UME Ayrton Senna, UME Cidade de Santos, UME Florestan Fernandes, UME Leonardo Nunes, UME Lourdes Ortiz, UME José Carlos de Azevedo, UME Pedro Crescenti, UME Pedro II, UME Vinte e Oito de Fevereiro.
Diante desse cenário, surgiu a oportunidade de implementação desse projeto com objetivo de potencializar a aprendizagem a partir da criação de um espaço que desenvolva as competências do século XXI e promova novas oportunidades de experimentação dos recursos digitais.
O principal impacto (do projeto) é levar para essas 9 escolas públicas de Santos um ambiente flexível que permita, com o auxílio da tecnologia, repensar o espaço e a experiência de ensino. A Estudioteca reforça aos professores a importância do papel de facilitadores do processo de aprendizagem e traz aos alunos a conectividade do cotidiano e ainda a possibilidade de se expressar de forma criativa na produção de conteúdos
– Aline D’Unhão, consultora do projeto
A implementação contou com a análise dos locais, elaboração de projeto arquitetônico – feito em parceria com o Auá Arquitetos – , obras e pequenas reformas nos espaços, aquisição e patrimonialização de equipamentos, montagem e vistoria do espaço, acompanhamento da implementação a fim de destravar os desafios encontrados ao longo dessa fase, articulação e comunicação com os envolvidos, apoio na definição de equipe e responsáveis pelos espaços, capacitações em gestão e liderança para representantes do equipamento público, uso dos espaços, comunicação não-violenta e uso de equipamentos, apoio ao soft opening dos espaços, desenvolvimento de materiais gráficos, para, finalmente, apoio ao lançamento do espaço e formalização da entrega ao município.
“Um grande desafio foi estruturar e articular os papéis e responsabilidades de cada interlocutor ao longo do projeto, pois o desenvolvimento exige organização e é tão importante quanto o resultado alcançado. O acompanhamento por parte do Município, do parceiro técnico e do financiador do projeto em todas as fases, mais em especial na implementação, é fundamental para destravar todos os obstáculos encontrados”
– Aline D’Unhão, consultora do projeto
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