O projeto teve como compromisso a compreenão do público de terceira idade não apenas como “usuário” passivo de um serviço, mas também como agente, reprodutor e criador de cultura, a ser integrado a todos os outros públicos atendidos pela Biblioteca. O objetivo do projeto era assumir naturalmente um compromisso de ressignificação mais ampla do idoso e de seu papel na Biblioteca, assim como a conscientização do público sobre as necessidades de cada cidadão que utiliza o serviço público. Durante a fase de diagnóstico e exploração, foram feitas observações no ambiente da biblioteca para entendimento inicial e diagnóstico sobre o comportamento do público no ambiente, dinâmicas de diagnóstico com a equipe de profissionais da biblioteca e acompanhamento de eventos para terceira idade que já ocorriam na biblioteca.
Além da exploração feita na biblioteca, também foram feitas visitas em instituições de idosos para entendimento do contexto e comportamento do idoso em outros ambientes. Um ponto importante, já que o projeto contou com a disponibilidade das equipes das instituições e dos idosos para participação em diversas atividades, que ajudaram a entender as realidades distintas desse público-alvo.
Por fim, um momento muito importante na etapa de exploração do projeto, foi a oficina de experiência empática, onde os participantes puderam sentir na pele a experiência do idoso na biblioteca, para coletar insights e entendimento do serviço em outra perspectiva. Com kits de experiência empática (para simular a experiência do idoso), as simulações foram para além do espaço, aconteceu desde a casa do idoso, passando pelos meios de transporte e todo o trajeto, até a biblioteca.
Com o resultado das fases anteriores, redefinimos o desafio. O que antes era atendimento se transformou em serviço, tornando-se: Como podemos criar um serviço cultural que estimule o público +60? A organização, análise, síntese e seleção das descobertas da etapa de exploração, também resultou em quatro eixos conceituais para embasar todas as soluções da etapa de cocriação: Idosos e seus relacionamentos; Idosos e sua integração cultural no séc. XXI; Idosos e sua saúde física e psicológica e Idosos como agentes culturais. Além disso, a etapa de cocriação foi composta de três momentos: Oficinas de cocriação com os alunos, gestores e outros parceiros do projeto; Protótipo das soluções e Validações e feedbacks. Com a participação de idosos e da equipe da biblioteca envolvida no projeto, todos colocaram a mão na massa na etapa de cocriação.
O entusiasmo e interesse em aprender foi contagiante e posso afirmar que nos apropriamos da metodologia de trabalho.
– Luciana Marques, bibliotecária da Biblioteca de São Paulo
A última etapa do projeto é a implementação das soluções cocriadas, testadas e validadas pelos responsáveis envolvidos no projeto. Como um dos resultados do projeto, novas atividades foram testadas e oferecidas para melhoria da experiência do idoso na biblioteca. Somado a isso, soluções para o espaço da biblioteca adaptado para o público de idosos:
Como resultado, foram identificados o aumento da motivação entre funcionários e senso de pertencimento do projeto entre grande maioria da equipe, o mapeamento e criação de uma rede de colaboradores do programa + 60 e a prototipagem de governança matricial.
Agora temos uma bela experiência de uma nova forma para fazer política pública, incluindo o usuário nessa concepção e acabando com aquela velha ideia de fazer política sem sair do gabinete.” Pierre Rupchert, diretor executivo da SP Leituras.
– Pierre Rupchert, diretor executivo da SP Leituras.
Escola das Mães - Serviço acolhedor para gestantes e mães com crianças de até 1 ano para redução da mortalidade infantil
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