Programa Mais 60

DESAFIO:
O crescimento do número de idosos tem acelerado no Brasil em função da consolidação da urbanização. Nesse cenário, o Programa +60 surge com desafio de valorizar, estimular, integrar e acolher este público aos novos tempos e inseri-los no contexto da Biblioteca Pública, incentivando a sua frequência e pensando nos detalhes para que a experiência dos idosos dentro da biblioteca seja a melhor possível.
SOLUÇÃO:
A iniciativa contou com o envolvimento de 80 pessoas que participaram oficinas de cocriação, produziram um mapa de stakeholders com mais 25 alianças de parcerias construídas e a geração de um blog para a divulgação do conteúdo do projeto.
O +60 reformulou o espaço físico da Biblioteca de São Paulo, proporcionando aos usuários um tratamento humanizado e incentivando a leitura e outras atividades culturais.

DIAGNÓSTICO E EXPLORAÇÃO

O projeto teve como compromisso a compreenão do público de terceira idade não apenas como “usuário” passivo de um serviço, mas também como agente, reprodutor e criador de cultura, a ser integrado a todos os outros públicos atendidos pela Biblioteca. O objetivo do projeto era assumir naturalmente um compromisso de ressignificação mais ampla do idoso e de seu papel na Biblioteca, assim como a conscientização do público sobre as necessidades de cada cidadão que utiliza o serviço público. Durante a fase de diagnóstico e exploração, foram feitas observações no ambiente da biblioteca para entendimento inicial e diagnóstico sobre o comportamento do público no ambiente, dinâmicas de diagnóstico com a equipe de profissionais da biblioteca e acompanhamento de eventos para terceira idade que já ocorriam na biblioteca.

EXPERIÊNCIA EMPATICA

Além da exploração feita na biblioteca, também foram feitas visitas em instituições de idosos para entendimento do contexto e comportamento do idoso em outros ambientes. Um ponto importante, já que o projeto contou com a disponibilidade das equipes das instituições e dos idosos para participação em diversas atividades, que ajudaram a entender as realidades distintas desse público-alvo.

Por fim, um momento muito importante na etapa de exploração do projeto, foi a oficina de experiência empática, onde os participantes puderam sentir na pele a experiência do idoso na biblioteca, para coletar insights e entendimento do serviço em outra perspectiva. Com kits de experiência empática (para simular a experiência do idoso), as simulações foram para além do espaço, aconteceu desde a casa do idoso, passando pelos meios de transporte e todo o trajeto, até a biblioteca.

Cocriação

Com o resultado das fases anteriores, redefinimos o desafio. O que antes era atendimento se transformou em serviço, tornando-se: Como podemos criar um serviço cultural que estimule o público +60? A organização, análise, síntese e seleção das descobertas da etapa de exploração, também resultou em quatro eixos conceituais para embasar todas as soluções da etapa de cocriação: Idosos e seus relacionamentos; Idosos e sua integração cultural no séc. XXI; Idosos e sua saúde física e psicológica e Idosos como agentes culturais. Além disso, a etapa de cocriação foi composta de três momentos: Oficinas de cocriação com os alunos, gestores e outros parceiros do projeto; Protótipo das soluções e Validações e feedbacks. Com a participação de idosos e da equipe da biblioteca envolvida no projeto, todos colocaram a mão na massa na etapa de cocriação.

O entusiasmo e interesse em aprender foi contagiante e posso afirmar que nos apropriamos da metodologia de trabalho.

– Luciana Marques, bibliotecária da Biblioteca de São Paulo

Implementação: um novo espaço e novas atividades

A última etapa do projeto é a implementação das soluções cocriadas, testadas e validadas pelos responsáveis envolvidos no projeto. Como um dos resultados do projeto, novas atividades foram testadas e oferecidas para melhoria da experiência do idoso na biblioteca. Somado a isso, soluções para o espaço da biblioteca adaptado para o público de idosos:

  • Local aconchegante com poltronas, luminárias, suporte para livros, lupas, estantes com sugestões de leitura, jornais e revistas de interesse;
  • Poltrona na recepção da biblioteca para facilitar o atendimento preferencial;
  • Área de descanso na escada de acesso ao piso superior;
  • Novas sinalizações internas para atender a esse público;
  • Banco de espera na porta de entrada da BSP;
  • Atividades de mediação de leitura;
  • Contação de histórias;
  • Palestras de saúde e bem-estar;
  • Práticas de entretenimento;
  • Oficinas de meditação e ioga

Como resultado, foram identificados o aumento da motivação entre funcionários e senso de pertencimento do projeto entre grande maioria da equipe, o mapeamento e criação de uma rede de colaboradores do programa + 60 e a prototipagem de governança matricial.

Agora temos uma bela experiência de uma nova forma para fazer política pública, incluindo o usuário nessa concepção e acabando com aquela velha ideia de fazer política sem sair do gabinete.” Pierre Rupchert, diretor executivo da SP Leituras.

– Pierre Rupchert, diretor executivo da SP Leituras.

Parceiros, Beneficiários e Clientes

  • Governo do Estado de São Paulo - Sec. Cultura
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