5 princípios da inovação: Como iniciamos os processos inovadores

5 princípios da inovação: Como iniciamos os processos inovadores

Em um momento onde quase todas as organizações estão falando em impulsionar a inovação, principalmente em um cenário pós Covid-19, que obrigou o mundo a aprender a trabalhar de forma remota, quais as essências da inovação? De acordo com Bob Rosenfeld, o Inovador em residência do Center for Creative Leadership e autor do livro “Tornar o invisível visível: Os princípios humanos para sustentar a inovação” (Making the Invisible Visible: The Human Principles for Sustaining Innovation, em inglês), existem 5 princípios básicos no processo de inovar:

1. Convertendo problemas em ideias

Segundo Rosenfeld, a inovação começa quando as pessoas convertem problemas em ideias. “Novas idéias nascem através de perguntas, problemas e obstáculos. Para que o processo de inovação floresça, ele precisa de um clima que incentive a investigação e acolha os problemas.” Este talvez seja o princípio mais claro da inovação. O processo de inovar não existe sem que ele tenha que resolver um problema. Pare um minuto para pensar nas últimas inovações da humanidade. Em sua totalidade, foram ideias que antes eram problemas. Do descobrimento do fogo ao último modelo de iPhone, eles buscam transformar problemas em soluções, muitas vezes criativas para o seu tempo.

2. Inovação precisa de um sistema

O segundo ponto está mais ligado a inovação em organizações, sejam elas públicas ou privadas. “Todas as organizações possuem sistemas de inovação. Alguns são formais, projetados pela liderança, e outros são informais, ocorrendo fora dos canais estabelecidos. Os sistemas de inovação se enquadram em uma de cinco categorias: assistido pelo originador; inovação direcionada; risco interno; melhoria contínua ou transferência estratégica.” O que Rosenfeld quer dizer é que, independente como a inovação ocorre, ela possui um sistema, seja ordenado ou caótico. O sistema pode ser uma metodologia utilizada por uma organização ou a mesa bagunçada de um inventor.

3. Paixão é combustível e dor é ingrediente oculto

O autor afirma que “paixão é o que impulsiona idéias. É o que transforma outros recursos em lucros, mas nunca aparece no balanço [no caso de organizações privadas]. Infelizmente, ao seguir uma paixão ou um sonho, a dor faz parte do processo. Os líderes em inovação precisam levar a dor com paixão e aprender a gerenciar os dois de maneira eficaz”. Rosenfeld chama de dor, mas achamos que a melhor palavra neste caso seria “frustração”. No processo de inovação, paixão e frustração caminham de mãos dadas e o inovador precisa saber gerenciar estes dois sentimentos.

4. A troca entre pessoas

O quarto ponto está ligado diretamente a co-criação. “A co-localização refere-se à proximidade física entre as pessoas. É uma chave para criar a confiança essencial ao processo de inovação. Também aumenta a possibilidade de maior troca de informações, estímulo do pensamento criativo um do outro e crítica de idéias durante seu estágio formativo”. No Tellus, a co-criação faz parte de todos os projetos, pois funciona como força motriz para a inovação e para o entendimento completo do problema a ser solucionado. Você pode conferir exemplos desta metodologia nos cases “Projeto Biblioteca: Como equipar com novas tecnologias as bibliotecas de escolas municipais de Santos” e “Corte & Costura — Fábrica da Comunidade: Capacitação profissional em Cubatão”.

5. Diferenças devem ser aproveitadas

Não existe inovação sem diversidade. “As diferenças que normalmente dividem as pessoas — como idioma, cultura e estilos de solução de problemas — podem ser um benefício para a inovação. Quando as diferenças são usadas de forma construtiva, elas podem ser aproveitadas para aprimorar e sustentar o processo de inovação.”