Campus Party: Hackathons sociais e os jovens como atores transformadores

Campus Party: Hackathons sociais e os jovens como atores transformadores

Nesta semana (12), começa a 12a edição da Campus Party Brasil, em São Paulo. O evento, considerado uma das maiores imersões tecnológica em IoT (Internet das Coisas), Blockchain, Cultura Maker, Educação e Empreendedorismo do mundo, reunirá mais de 900 palestrantes durante 5 dias de evento, além de hackathons e milhares de campuseiros. Com um ambiente que estimula a criatividade e o fazer, durante a edição mexicana, o evento viu campuseiros, instituições locais e especialistas de diferentes disciplinas trabalharem juntos na criação de 12 soluções para combater a pobreza no país. Apesar de serem ideias embrionárias e muitas nem terem saído do papel, alguns projetos se destacam, como o Aqua U, que visava produzir legumes de forma vertical, e The Rabbit Club, plataforma de empréstimo entre pessoas, que visava criar uma carteira eletrônica e um histórico de crédito para, no futuro, ajudar usuários a conseguir crédito com bancos.

No Brasil, a edição 2017 promoveu, juntamente com a ONU, o The Big Hackathon. A intenção do desafio foi desenvolver soluções tecnológicas para os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela ONU, e também fomentar o empreendedorismo inovador. Já na última edição, o tema do hackathon anual foi Data4Good, em parceria com o cientista Ricardo Cappra, o evento visava ensinar jovens sobre a importância de se mexer com as informações desde muito cedo.

Para a edição deste ano, a Campus Party trará como temas do The Big Hackathon: Direitos Humanos, Finanças Públicas, Educação, Saúde, Governo Aberto e Monitoramento de Obras Públicas. O objetivo é fazer com que os campuseiros possam exercer sua cidadania propondo e desenvolvendo soluções que usem dados abertos para melhorar a gestão pública e a vida das pessoas na maior cidade do país. Além do grande hackathon, outros menores (promovidos por patrocinadores do evento) ocorrerão no espaço da CPBR e o evento também receberá a terceira edição do Data4Good que, em conjunto com a Unicef, buscará soluções no campo da educação para desenvolver soluções baseadas na análise de dados abertos para solucionar problemas sociais.

Muito mais que e-sports, case mods e diversão: Os jovens como ator de mudança

Apesar de ser conhecida como uma feira onde jovens apaixonados por tecnologia vão acampar e passar horas na frente do computador, a Campus Party vai bem além disso. Somado aos hackathons, a feira recebe várias iniciativas para conscientizar o público jovem nos campos de sustentabilidade, responsabilidade social e cidadania.

Por exemplo, o 3º e último lote de ingressos da feira, conhecido por Credencial, não sai por menos de R$ 350,00. Mas todos aqueles que doarem 4 eletrônicos (CPU, monitor, notebook ou impressora) para a coleta de resíduos eletrônicos da feira, receberá gratuitamente acesso para todos os dias da feira. Já para aqueles que levarem um item ou três itens menores (teclado, mouse, caixa de som, celular ou itens pequenos de informática) receberão 1 Day Pass – ingresso para um dia da feira.

Pode parecer uma ação simples, mas é nítido o esforço do evento em colocar o jovem como peça central na transformação da sociedade. Dos hackathons tecnológicos, passando por uma imersão no mundo da cultura maker, até o simples ato de recolher e descartar resíduos eletrônicos, a feira tem incentivado o jovem a participar mais ativamente da sociedade o qual ele está inserido.

Campus Party Brasil 2019
Onde: Expo Center Norte (Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme, São Paulo-SP).
Quando: Open Campus – de 13 a 16 de fevereiro, Arena – de 12 a 17 de fevereiro

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Conheça o projeto Competências para a Vida, que tem como objetivo possibilitar que os jovens de baixa renda que vivem em regiões urbanas (inicialmente na grande São Paulo) ampliem seu repertório, desenvolvam competências socioemocionais e conectem-se às oportunidades existentes, reduzindo as desigualdades sociais e facilitando a construção de projetos de vida, bem como sua inserção no setor produtivo.