A oportunidade da energia solar: No Espírito Santo, edifícios públicos serão obrigados a captar energia solar

A oportunidade da energia solar: No Espírito Santo, edifícios públicos serão obrigados a captar energia solar

A energia solar é uma das alternativas energéticas mais promissoras do novo milênio. O sol é fonte de energia renovável e uma das alternativas energéticas ideais para o futuro. O que é muito importante na preservação do meio ambiente, pois tem muitas vantagens sobre outras fontes de energia, como não ser poluente.

Com isso, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, assinou esta semana um decreto que institui a obrigatoriedade da instalação de equipamentos para captação de energia solar em novas edificações estaduais. A lei também vale para instalações construídas com recursos do Estado repassados aos municípios por meio de convênios, acordos ou termos de compromisso.

De acordo com o decreto, a Administração Pública poderá empregar outros meios de utilização da energia solar, quando não for possível a utilização de instalação de placas fotovoltaicas no local da edificação. Está incluída a possibilidade de uso da modalidade do autoconsumo remoto – quando a energia gerada por um sistema fotovoltaico instalado em um local pode ser utilizada para reduzir a conta de energia de outro local completamente diferente.

Isso é uma ótima notícia, visto que a captação de energia solar fotovoltaica acaba de bater um novo recorde histórico no Nordeste do Brasil. As usinas da região registraram um pico de geração, suficientes para suprir 10,3% de toda a demanda elétrica nordestina.

Segundo o mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), os estados nordestinos possuem atualmente 1,2 gigawatts (GW) de capacidade solar fotovoltaica instalada, tendo alcançado uma máxima diária de 1,13 GW.

Atualmente, a geração de eletricidade a partir do sol ocupa a 7ª posição na matriz elétrica do Brasil, e representa 1,3% do total produzido no país, tendo ultrapassado a fonte nuclear, provenientes das usinas de Angra I e Angra II, localizadas no estado do Rio de Janeiro, com 1,1%.

“O Governo precisa dar sinais de qual caminho quer seguir. A energia solar está se tornando viável. A energia eólica já se tornou viável e o Nordeste está sendo suprido por ela. Estamos trazendo agora na plataforma de PPPs (Parcerias Público-Privado) a substituição da energia dos prédios públicos através da construção de miniusinas solares”, afirmou Casagrande.

De acordo com o presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk, a fonte solar fotovoltaica tem se tornado cada vez mais competitiva e estratégica ao Brasil. Por isso, deverá assumir maior protagonismo no planejamento da expansão da capacidade de geração da matriz elétrica brasileira. “Certamente, a fonte solar fotovoltaica é hoje uma das principais soluções para a redução do preço da energia elétrica e para o crescimento econômico em território nacional”, aponta.

Além deste decreto, o Governo do Estado também planeja criar parques solares nas Fazendas Experimentais do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). A proposta é que por meio desses parques solares todos os prédios públicos sejam autossuficientes em energia.

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