O Governo do Estado de São Paulo lançou no final do mês de agosto o “IPT Open Experience”, um programa que abre as portas do campus do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) para empresas de diversos portes ou setor instalarem seus próprios centros de pesquisa e desenvolvimento e participarem de HUBs, que envolverão startups, fornecedores, universidades, investidores, clientes, centros de pesquisa e órgãos do governo no mesmo ambiente.
Assim, pode-se dizer que o Centro da Quarta Revolução Industrial terá sede no IPT, com o objetivo de desenvolver regulações e políticas públicas de tecnologias emergentes voltadas à indústria 4.0.
A iniciativa, que abrange a primeira fase do projeto CITI (Centro Internacional de Tecnologia e Inovação) estará em andamento nos primeiros seis meses de 2020. O anúncio foi feito após reunião em parceria com o Fórum Econômico Mundial (WEF) e o Ministério da Economia, no Palácio dos Bandeirantes.
O programa visa conectar o setor público com o privado, pela criação de novos produtos e soluções hardtech (alta intensidade tecnológica) a partir da conexão de startups, pesquisadores, órgãos de governo municipais, estaduais e o Governo Federal, posicionando o Estado de São Paulo na competição global. O governo espera prover a estrutura e ferramentas para estimular a inovação em forma de ecossistema
Segundo o governo, o objetivo do IPT Open Experience é tornar-se o principal catalisador dos desafios de inovação das empresas, conectando suas demandas com as soluções tecnológicas do IPT e de uma ampla rede de instituições parceiras, entre elas a Universidade de São Paulo (USP), o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), o Hospital das Clínicas, e outros.
A inauguração do CITI na capital paulista será realizada durante o Fórum Econômico Mundial para a América Latina, em maio de 2020. Como parte da rede global do Fórum Econômico Mundial, as equipes trocarão conhecimento e acelerarão o processo global na adoção de novas tecnologias e soluções.
Inicialmente, o Centro atuará com políticas de dados, Indústria 4.0, Internet das Coisas, cidades inteligentes, robótica, Inteligência artificial e blockchain. Um programa piloto oferecerá diagnóstico de maturidade tecnológica, identificação de soluções simples e acessíveis para a Internet das Coisas, consultoria financeira e de gestão de pessoas e suporte financeiro realizado por entidades parceiras; e após esta primeira fase, o Projeto CITI será ampliado para o CEAGESP e o CDP de Pinheiros. Serão mais de um milhão de m2 de área para ciência, tecnologia e inovação. 130 pequenas e médias empresas deverão participar do projeto em sua fase inicial e, até 2021, a expectativa é de que o programa atenda mais de 2.000 empresas.
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