O número de startups brasileiras seguem crescendo a cada dia, mas como podemos oferecer um serviço que possibilite aumentar o sucesso delas no mercado internacional? Este foi o objetivo inicial do projeto StartOut Brasil, o qual o Tellus atuou como parceiro técnico e você pode conhecer mais no texto a seguir.
Para entendermos melhor sobre o projeto, precisamos entender o contexto o qual ele nasceu. O projeto Internacionalização InovAtiva nasceu de uma parceria do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Secretaria de Inovação e a Embaixada Britânica – Prosperity Fund, com a execução técnica da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), com o objetivo de criar um programa de internacionalização para startups brasileiras no Reino Unido, denominado UK Chapter.
Com isso, o Tellus iniciou o projeto StartOut Brasil, focado em design estratégico, fazendo um diagnóstico do cenário. O primeiro painel de análise, construído sob o conceito de radar, foi feito para identificar as percepções dos stakeholders em relação ao projeto. Além disso, foi feito um levantamento de necessidades em relação ao programa. Para completar o diagnóstico do projeto, foram avaliados pontos internos importantes sobre o Inovativa e identificado 3 perfis de empreendedores que precisavam ser investigados no desenvolvimento do projeto, entre eles: aquele que se internacionalizou e não teve sucesso; aquele que se internacionalizou e teve sucesso e aquele que planeja e internacionalização.
Ainda na fase de diagnóstico, foi avaliado a oportunidade de impacto. A equipe da Agência Tellus, por meio da abordagem do design estratégico, coordenou o entendimento do contexto atual e a cocriação de soluções para estruturar um serviço que possibilitasse aumentar o sucesso de startups brasileiras no mercado internacional. O objetivo era criar sustentabilidade para o programa Uk Chapter InovAtiva e gerar protagonismo no cenário de empreendedorismo global e, para isso, buscou-se o desenho de um serviço de internacionalização brasileiro que fosse replicável para outros ecossistemas.
Para iniciar a fase de exploração do projeto, a equipe do Tellus efetuou uma imersão, com o objetivo de investigar as reais necessidades e anseios de todos os atores envolvidos. Para isso, foram efetuadas 4 oficinas presenciais, 10 entrevistas de profundidade (com empreendedores e stakeholders importantes para o projeto) e Desk Research com pesquisas nacionais e internacionais sobre inovação e o mercado de startups.
Nas entrevistas de profundidade a equipe Tellus foi a campo a fim de apurar os pontos de vista de cada stakeholder e as necessidades dos empreendedores brasileiros. Para facilitar o processo, dinâmicas e ferramentas visuais foram utilizadas nas entrevistas para ajudar na identificação das principais necessidades dos empreendedores. A partir dos dados coletados das entrevistas e na oficina de entendimento, foi feita a análise e a clusterização dos achados para a definição de um novo ponto de vista.
Com isso e tendo o empreendedor como foco central, redefinimos o desafio do projeto para “como podemos criar uma jornada de serviço que se torne referência entre programas de internacionalização de startups no Brasil?”. Para atingir este novo objetivo, a terceira etapa do projeto foi a cocriação e desenvolvimento de um protótipo. Neste momento, quanto mais variado for o público de participantes e maior a quantidade de ideias, melhores serão os testes e hipóteses de soluções; por isso, o Tellus trouxe diversos atores do projeto e — por meio de atividades dinâmicas — a oficina de cocriação incentivou soluções inovadoras com o foco nas necessidades dos usuários.
Para isso, em um primeiro momento, houve uma atividade de sensibilização e reflexão sobre a formação da Liga da Internacionalização de modo que cada participante pontuava o seu super poder e da sua instituição ali representada. Em sequência, foram aplicadas rodadas de brainstorming com o foco nas necessidades de cada uma das personas aplicadas a uma jornada do serviço de internacionalização.
Com o objetivo de tangibilizar as ideias e consolidar na cocriação nas fases do programa, foi utilizado a analogia e o conceito de aviação. Ao fazermos um paralelo com o ecossistema de aviação podemos considerar que o “Piloto/Empreendedor” necessita preparar seu “Avião/Startup” para uma viagem internacional e pousar de maneira suave no país de destino. No interior da aeronave o empreendedor precisa interagir com vários comandos em diversos momentos durante o voo. Com esta analogia, foi possível conceitualizar estágios distintos, com necessidades específicas para cada stakeholders, dentro do processo de internacionalização de startups: missão, reconhecimento e landing.
Ao final da oficina de cocriação, também foram estruturados 30 cartões com soluções práticas para o programa. Esta foi uma forma de visualização sintética das soluções desenvolvidas durante o processo de cocriação.
Por fim, a solução estruturante do programa, que conecta e acompanha o empreendedor em sua jornada, foi um canal online para o programa que foi nominado como StartOut Brasil. Ainda durante a fase de co criação, foram feitos os primeiros protótipos para testar usabilidade e navegação.
Na fase final (Implementação), uma oficina permitiu planejar a implementação com toda a equipe de projeto, levando em conta priorizar soluções e definir os próximos passos para a implementação do projeto. Um dos resultados gerados na oficina de planejamento foi o blueprint de serviço, uma ferramenta gráfica que mapeia os processos e funcionalidades do serviço a partir da experiência do usuário. Completando o projeto, foi desenhado a sustentabilidade do projeto, onde foi necessário identificar as forças de atuação em diferentes momentos do programa de internacionalização.
Para assegurar que qualquer ideia que surja no futuro possa fazer parte do conjunto de soluções para o serviço de soft landing, foram criados os Princípios do Design da Solução.
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